Sóstenes matou idosa em acidente de carro em 2022; relembre o caso

Atualizado em 20 de dezembro de 2025 às 16:38
O deputado bolsonarista Sóstenes Cavalente (PL-RJ). Foto: Najara Araújo/Agência Câmara

O deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, que foi flagrado pela Polícia Federal com R$ 430 mil em dinheiro vivo em um imóvel que utilizava em Brasília, esteve envolvido em um acidente de trânsito que resultou na morte de uma idosa em 2022, no interior de Goiás. O caso voltou a circular nas redes sociais após a operação da PF que investiga suspeitas de desvio de recursos da verba de gabinete.

O acidente ocorreu no município de Cristalina (GO). Irma Diniz da Cruz, de 81 anos, seguia de Paracatu (MG) para Brasília (DF) quando o veículo em que estava foi atingido por um carro alugado conduzido por Sóstenes. A vítima sofreu politraumatismo e traumatismo craniano grave.

A ocorrência foi atendida pela Polícia Rodoviária Federal, mas não houve abertura de inquérito nem comunicação ao Ministério Público Federal. O episódio não foi noticiado pela imprensa local na época e acabou sendo arquivado sem investigação formal.

Irma morreu no dia 30 de junho de 2022, no Hospital Santa Lúcia, em Brasília, em decorrência das lesões sofridas no acidente.

Carro que levava Irma até Brasília (esq.) e o veículo dirigido por Sóstenes Cavalcante na ocasião (dir.). Foto: Reprodução

Em entrevista ao site 24h News, Sóstenes confirmou o acidente e afirmou que prestou assistência à família da vítima. O deputado, no entanto, disse não se lembrar da velocidade em que dirigia no momento da batida e não forneceu detalhes adicionais.

A Procuradoria-Geral da República informou que nunca recebeu qualquer pedido para investigar o episódio e que não houve instauração de procedimento relacionado ao caso. Segundo a PGR, não existe registro de inquérito sobre o acidente envolvendo o parlamentar.

O caso foi desenterrado em junho do ano passado, após Sóstenes apresentar o projeto de lei conhecido como “PL do Estupro”, que endurecia punições contra mulheres que interrompiam a gravidez após a 22ª semana. Na época, internautas passaram a questionar a atuação do deputado, apontando contradição entre o discurso de defesa da vida e a história do acidente fatal.