
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, Sóstenes Cavalcante, criticou nesta segunda-feira (13) a possível indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso. Segundo ele, Messias não representa o segmento evangélico, apesar de ser membro da Igreja Batista.
O parlamentar afirmou que a escolha de Messias seria uma decisão de caráter ideológico. “Evangélico de esquerda representa 5% dos evangélicos. Caso Lula o indique, estará escolhendo um esquerdista evangélico. Evangélicos esquerdistas não chegam a 5% do total”, declarou Sóstenes.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) reforçou as críticas à possível escolha de Messias: “Ele não está sendo indicado por ser evangélico, mas por ser um jurista de esquerda, membro do grupo Prerrogativas e homem de confiança do presidente Lula. Ele é desconhecido do segmento evangélico”.
Messias é considerado um dos nomes mais próximos de Lula dentro do governo. Ele foi nomeado para o comando da Advocacia-Geral da União (AGU) em dezembro de 2022, pouco antes da posse presidencial.
Disputa pela vaga no Supremo
A aposentadoria de Barroso, aos 67 anos, abre espaço para a terceira indicação de Lula ao STF desde o início de seu mandato. O presidente já indicou Cristiano Zanin e Flávio Dino, ambos aprovados pelo Senado.
Além de Jorge Messias, também estão cotados para a vaga o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Dentro do governo, Messias é apontado como o favorito de Lula, que vê no aliado uma figura de confiança e lealdade política — fatores que podem pesar na decisão final sobre quem ocupará a cadeira deixada por Barroso no STF.
