
A articulação de vereadores pode fazer a CPI que investiga o padre Júlio Lancellotti ser votada nesta quarta-feira (3) na Câmara Municipal de São Paulo.
O presidente da Casa, Milton Leite (União Brasil), indicou durante reunião do colégio de líderes que a proposta de investigação pode ser pautada “a qualquer momento”.
Para que o requerimento seja aprovado, são necessários os votos de 28 vereadores, a maioria absoluta dos 55 membros da Câmara. Embora o pedido de CPI contra o padre Júlio seja o último da fila, tem sido tratado como prioridade e conta com o apoio do presidente da Câmara.

O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor da CPI, solicitou que Leite colocasse a proposta em votação, e o presidente da Casa afirmou que discutiria o assunto com os líderes partidários e pautaria a votação “a qualquer momento”.
Entretanto, o pedido de abertura da CPI tem sido questionado por não ter um objeto definido, embora seja claro que Rubinho visa atingir o religioso.
Quem é Júlio Lancellotti
Nascido no bairro do Brás, em São Paulo, o padre Júlio é uma figura conhecida na capital paulista. Desde 1986, ele atua como responsável pela Paróquia de São Miguel Arcanjo, localizada na Mooca, onde iniciou seu trabalho pastoral.
Ao longo dos anos, o religioso se dedicou ao auxílio de populações vulneráveis, incluindo pessoas em situação de rua, menores infratores e crianças portadoras do vírus HIV. Sua atuação tem sido marcada pelo compromisso social e pela defesa dos direitos humanos.
Apesar de seu trabalho humanitário, o padre tem sido alvo de críticas por parte de políticos de extrema direita, que o rotulam como “padre esquerdista”. No entanto, sua dedicação aos mais necessitados recebeu apoio do Papa Francisco. Em 2020, o pontífice telefonou pessoalmente para Júlio, encorajando-o a continuar seu trabalho em prol dos pobres, mesmo diante das adversidades e das críticas.
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