SP: Perícia em celular de líder do PCC aponta um dos assassinos do ex-delegado-geral

Atualizado em 27 de setembro de 2025 às 9:12
Ruy Ferraz Fontes e carro capotado. Foto: Reprodução

A investigação sobre a execução do ex-delegado-geral de São Paulo Ruy Ferraz Fontes revelou a participação de Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como “Jaguar”, como um dos atiradores responsáveis pelo crime. A confirmação veio após a análise do celular de Luiz, apelidado de “Fofão”, preso por envolvimento no caso.

Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, mensagens encontradas no aparelho indicaram que Fofão ajudou Jaguar a fugir e comprovaram sua atuação direta na execução. “O atirador que a gente pode cravar é o Jaguar, que já está preso”, afirmou Derrite em entrevista.

Fontes, de 63 anos, foi jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) desde 2006, quando indiciou líderes da facção criminosa, incluindo Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Até agora, oito mandados de prisão foram expedidos, e quatro suspeitos já foram detidos pela polícia.

Marcola, um dos líderes do PCC, na prisão. Foto: reprodução

De acordo com Derrite, o crime pode ter sido cometido por integrantes da Restrita Tática, um grupo de elite criado pelo PCC para atacar autoridades. Esse núcleo é formado por criminosos com treinamento específico no uso de armas pesadas e já foi alvo de operações policiais anteriores.

O assassinato ocorreu em 15 de setembro, em Praia Grande, litoral paulista. Após uma perseguição em alta velocidade, o carro de Fontes colidiu com um ônibus na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas. Os criminosos desceram dos veículos e dispararam mais de 20 tiros de fuzil contra o ex-delegado, que havia assumido o cargo de secretário de Administração da cidade.

Após a execução, os veículos usados no ataque, todos roubados, foram abandonados. Um deles foi incendiado na tentativa de eliminar vestígios. A polícia aponta que o crime foi planejado com rigor, demonstrando a capacidade de organização e o nível de perigo representado pela facção criminosa.