
Nos Estados Unidos, diversas personalidades e organizações abandonaram recentemente a plataforma X, antigo Twitter, do bilionário Elon Musk. As razões apontadas incluem uma guinada à direita, proliferação de desinformação e falta de moderação.
A tendência, apelidada de “X-odo” ou “X-it” (uma junção de “X” com “êxodo” ou “exit”, que significa “saída” em inglês), resultou na desativação média de 60.000 contas por dia na última semana, conforme dados da Similarweb.
Profissionais como professores (#edutwitter) e médicos (#medicaltwitter) utilizavam a plataforma para construir comunidades e compartilhar ideias. O site servia como espaço para comentários sobre a vida profissional e para freelancers promoverem seu trabalho e ampliarem sua rede de contatos.
Com a debandada, muitos estão perdendo uma ferramenta valiosa para suas carreiras e buscando alternativas que ofereçam benefícios semelhantes, como o Bluesky e Threads.
“Tentei ficar, mas a atmosfera se tornou tóxica demais”, disse o escritor Stephen King. Já Jamie Lee Curtis, escreveu: Deus, conceda-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar”.
I'm leaving Twitter. Tried to stay, but the atmosphere has just become too toxic. Follow me on Threads, if you like.
— Stephen King (@StephenKing) November 14, 2024
Organizações renomadas, como a grife Balenciaga e o jornal The Guardian, também se retiraram da plataforma. Em editorial, o The Guardian afirmou que a eleição presidencial dos EUA evidenciou o que já consideravam: “O X é uma plataforma de mídia tóxica e seu proprietário, Elon Musk, tem sido capaz de usar sua influência para moldar o discurso político”.
Rhett Butler, diretor executivo da Mongabay, uma organização ambiental sem fins lucrativos, observou uma diminuição nos benefícios de publicar no Twitter desde novembro de 2022, um mês após a aquisição por Musk. Além da queda no engajamento, houve “mais interações negativas, acusações de viés e outras dinâmicas desafiadoras” que “tornaram a plataforma menos tolerável para a equipe que a gerencia”.
Tatiana Prowell, oncologista, utilizava historicamente o Twitter para compartilhar conhecimentos sobre câncer. Durante a pandemia, ela destacou dados emergentes, auxiliando “o público e meus colegas a se manterem informados”.

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