Steve Bannon, que ajudou campanha de Bolsonaro, é identificado em acusação que levou conselheiro de Trump à prisão

Atualizado em 26 de janeiro de 2019 às 9:53
Trump e Roger Stone, preso na sexta-feira

O ex-estrategista-chefe da Casa Branca e conselheiro de Trump Steve Bannon é o “funcionário do alto escalão não identificado” na acusação feita por Robert Mueller a Roger Stone, disse uma fonte à Bloomberg.

Stone, que tem uma relação de décadas com o presidente dos EUA, foi preso pelo FBI em sua casa em Fort Lauderdale, na Flórida.

Responde a sete acusações, incluindo obstrução da justiça, declarações falsas e adulteração de testemunhos relacionados com a campanha de Trump e a divulgação de e-mails de Hillary Clinton.

De acordo com a acusação, “um funcionário sênior da Campanha de Trump foi instruído a contatar STONE sobre quaisquer informações adicionais que a Organização 1 tinha com relação à campanha de Clinton”. A Organização 1 refere-se ao WikiLeaks.

A CNBC também informa que o funcionário é Bannon, citando fontes familiarizadas com a situação.

O New York Times notou que a acusação “deixou em aberto a possibilidade de que foi o Sr. Trump” que levou Bannon a entrar em contato com Stone.

Bannon deu conselhos à campanha de Jair Bolsonaro.

Em outubro, Eduardo Bolsonaro foi um dos convidados de sua festa de aniversário em Washington.

Bannon é idealizador do grupo O Movimento, que promove a ascensão da extrema direita pelo mundo.

No Twitter, Eduardo desejou parabéns a uma “pessoa ícone no combate ao marxismo cultural”, um elogio idiota que, entre idiotas, é só um elogio.

“Sou apenas um apoiador”, afirmou Bannon à BBC News Brasil. “Eu estou aqui endossando com alegria o capitão Bolsonaro e sua campanha para se tornar o próximo líder do Brasil.”