O Supremo Tribunal Federal (STF) transformou em réus mais 200 bolsonaristas acusados de participação nos atos terroristas promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.
O julgamento do segundo bloco de denúncias terminou nesta terça-feira (2), no plenário virtual do STF. Os ministros analisaram caso a caso e, por maioria, decidiram abrir as ações penais contra os bolsonaristas. Vale destacar que hoje a Corte também vai analisar mais 250 denúncias.
Foram analisadas acusações contra 100 executores e 100 indiciadores dos atos criminosos em Brasília. Na sequência, serão abertas ações penais, com nova coleta de provas, tomada de depoimentos de testemunhas, além de interrogatórios dos réus. Não há prazo para a conclusão dos julgamentos.
Os ministros Dias Toffoli, Luiz Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e a presidente Rosa Weber, acompanharam o voto do relator dos processos, o ministro Alexandre de Moraes, para receber as denúncias.
Apenas os ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça divergiram da decisão do relator e votaram contra. Desde o ataque, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 1.390 pessoas pelos atos antidemocráticos na capital federal.
Os réus vão responder por crimes como associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; deterioração de patrimônio tombado.