STF condena a 16 anos de prisão mais seis réus por atos de 8/1

Atualizado em 27 de outubro de 2023 às 18:00
Bolsonaristas durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Foto: Adriano Machado/Reuters

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta sexta-feira (27) mais seis réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vão cumprir 16 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado.

Os réus foram julgados de forma individual no plenário virtual da Corte, quando os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico e não há debates. Os ministros optaram por aplicar a pena média, já que não chegaram a um consenso sobre qual punição era mais adequada.

Os bolsonaristas foram condenados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Até o momento, o STF já condenou 20 acusados de participarem dos atos golpistas. As sentenças variam entre 3 e 17 anos de prisão.

Saiba quem são os réus:

Raquel de Souza Lopes: Mora em Joinville (SC). Acusada de depredar o Palácio do Planalto, ela disse que aproveitou um ônibus fretado para conhecer Brasília. A Polícia Federal (PF) afirmou que localizou no celular dela materiais que “sinalizam o intenso engajamento dela ao movimento golpista verificado desde a proclamação do resultado das Eleições Gerais de 2022”.

Cibele da Piedade Ribeiro da Costa Mateos: De São Paulo, a professora ficou instalada no acampamento montado em frente ao Quartel-General em Brasília. A PF encontrou imagens dela feitas durante a invasão e depredação do Congresso e do Palácio do Planalto.

Gilberto Ackermann: De Balneário Camboriú (SC). Ele disse que foi a Brasília de forma espontânea e que entrou no Planalto para se esconder das bombas de gás. A PF encontrou em seu celular vídeos mostrando que ele pernoitou no acampamento montando em frente ao QG do Exército.

Fernando Plácido Feitosa: De São Paulo. Segundo a PF, imagens e vídeos encontrados em seu celular mostram “efetiva adesão do acusado na ação criminosa verificada na Praça dos Três Poderes e prédios públicos existentes”.

Fernando Kevin da Silva de Oliveira Marinho: De Nova Iguaçu (RJ), ele também ficou instalado no acampamento golpista. O bolsonarista foi identificado passando próximo ao relógio do século 17 vandalizado durante os atos antidemocráticos.

Charles Rodrigues dos Santos: Morador de Serra (ES). A PF localizou material genético dele em objetos encontrado no Planalto após a invasão.

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