
Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, 67, ou “Fátima de Tubarão” como ficou conhecida, virou ré no inquérito dos atos do 8 de Janeiro, após o Supremo Tribunal Federal formar maioria na decisão. O STF também tornou réus mais 69 denunciados.
O relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, abriu o plenário virtual na segunda-feira (14), com voto a favor para que mais 70 entre invasores, autores intelectuais e incitadores, aos ataques à Praça dos Três Poderes virassem réus. Os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Roberto Barroso e Luiz Fux, junto das ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber acompanharam o relator do inquérito.
Fátima é acusada de participação direta nos atos terroristas. Imagens das câmeras de segurança do Planalto flagraram a participação de Fátima. No material, ela aparece dentro do prédio e, ao ser questionada por um bolsonarista, fala: “Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora”, fazendo referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em outras imagem, ela declara que “estava quebrando tudo”. Fátima foi presa durante a Operação Lesa Pátria. Ainda de acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), imagens no celular da acusada comprovam a participação dela nos atos criminosos.
Xandão vota para tornar réus por 8/1 mais 70 pessoas, incluindo a “vovó do barro, Fátima de Tubarão.
A idosa inofensiva com Bíblia na mão, segundo o gado.
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— Daniel Maia de Mello (@DanielMaiaMello) August 14, 2023
Até agora, o Supremo já aceitou denúncias e transformou em réus 1.295 acusados de autoria ou participação nos atos. Ao todo, a PGR já denunciou 1.390 pessoas. As denúncias são avaliadas de forma individual pelos ministros. Ou seja, as circunstâncias de cada caso são levadas em conta.
Outro acusado é José Fernando Honorato de Azevedo, policial federal aposentado.
Há ainda a denúncia contra o indígena José Acácio Serere Xavante. A acusação é pelo fato dele ter ameaçado integrantes do STF, invadido o terminal de um aeroporto e por ter convocado pessoas armadas para impedir a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após sua vitória nas eleições presidenciais de 2022.
Os investigados são acusados de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo e deterioração de patrimônio tombado.
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