O Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou uma maioria decisiva na noite de quinta-feira (14) para absolver um morador de rua acusado de participar dos eventos do 8 de janeiro de 2023, quando ocorreram os atos terroristas na sede dos Três Poderes, em Brasília. A ação é um marco, uma vez que marca a primeira vez que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem uma acusação inteiramente rejeitada pela maioria dos ministros.
O réu em questão é Geraldo Filipe da Silva, um serralheiro que estava sem residência fixa em Brasília por três meses quando foi detido em flagrante na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro do ano passado.
Geraldo foi detido junto ao grupo que depredou as sedes dos três Poderes e sempre disse ter chegado aos atos do dia 8 por curiosidade, devido aos helicópteros que sobrevoavam a praça dos Três Poderes.
Após uma advogada que assumiu a defesa de Geraldo de forma voluntária apontar não haver provas de que ele era parte do grupo que defendeu golpe de Estado e destruiu bens públicos, a própria PGR voltou atrás e pediu que ele fosse absolvido.
Plenário virtual
O julgamento de Silva e de outros 14 réus está em andamento no plenário virtual do STF, onde os votos são registrados eletronicamente e os ministros têm até sexta-feira (14) para se manifestarem.
Julgamentos
Até agora, o STF já condenou 131 réus por sua participação nos eventos, com penas variando de três a 17 anos de prisão.
O ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre os eventos, votou a favor da absolvição de Silva. Ele afirmou que não há evidências suficientes de que Silva se uniu à “multidão criminosa” ou contribuiu para os crimes.
Moraes destacou a necessidade de provas concretas por parte do Ministério Público, rejeitando condenações baseadas em dúvidas razoáveis.
Ele ressaltou que “o Estado de Direito não tolera meras conjecturas e ilações do órgão de acusação para fundamentar uma condenação”, enfatizando a importância de provas robustas para evitar insegurança jurídica.
O voto de Moraes foi seguido por outros ministros, incluindo Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso.
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link
Ronald Paulo de Alves Pereira, o Major Ronald, foi apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR)…
O Rio Grande do Sul está sob um aviso de "perigo extremo" devido à previsão…
O Rio Grande do Sul enfrenta uma crise sem precedentes após uma série de temporais…
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), é acusado pela Procuradoria Geral…
Bruna Muratori, de 31 anos, e sua mãe, Susane Muratori, de 64, têm sido destaque…
O Estadão manteve na capa da versão online, durante toda a quarta-feira, esta chamada para…