
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reagiram com ironia às três reivindicações feitas por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) após a nova ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o ministro Alexandre de Moraes, conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
Segundo integrantes da Corte, as propostas do “bananinha” não têm qualquer chance de prosperar. As reivindicações foram vistas por ministros do Supremo como politicamente inviáveis e juridicamente infundadas. Dois deles afirmaram que as propostas sequer serão discutidas internamente.
“Ah! Fala sério!”, exclamou um ministro influente ao ser informado sobre os pedidos feitos pelo deputado federal licenciado. Outro magistrado foi direto: “Chance zero, obviamente”.
As reações ocorreram após Eduardo Bolsonaro listar publicamente três exigências em resposta à carta de Trump, que acusou o Judiciário brasileiro de promover uma “caça às bruxas” e perseguir Jair Bolsonaro (PL). Apesar de dizer que “não fala pelo governo dos Estados Unidos”, o filho do ex-presidente apresentou as seguintes demandas:
- Anistia “ampla, geral e irrestrita” para réus e condenados por tentativa de golpe de Estado;
- Reversão da inelegibilidade de Jair Bolsonaro, permitindo sua candidatura à Presidência em 2026;
- Afastamento do ministro Alexandre de Moraes do STF.

Além disso, ministros do STF avaliam que a situação jurídica de Eduardo Bolsonaro se agravou significativamente após ele agradecer publicamente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelas tarifas de 50% impostas ao Brasil.
A publicação feita pelo “bananinha”, na noite de quarta-feira (10), na qual ele comemora a retaliação americana, foi vista no Supremo como um gesto que pode ser interpretado como tentativa de coação à Justiça brasileira. Para integrantes da Corte, a mensagem representa a produção de prova contra si próprio.
A situação do deputado, que está licenciado do cargo e atualmente nos Estados Unidos, já era delicada. Ele é investigado por obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e por possível participação em tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Com trânsito livre entre aliados de Trump, Eduardo tem atuado como agente político de interesses estrangeiros, buscando deslegitimar instituições brasileiras, como o STF, e apoiar articulações contrárias à soberania nacional. O STF, segundo fontes ligadas à Corte, apura a atuação do parlamentar.