STF: ministros crêem que quebra de sigilo de Bolsonaro deve expor caixa 2 dos pix

Atualizado em 22 de agosto de 2023 às 0:15
Bolsonaro com expressão séria, falando e gesticulando
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Agência Brasil

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nutrem a expectativa de que a quebra dos sigilos bancários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada na semana passada, mostre um caixa dois das doações que ele recebeu via Pix. As transferências somam um total de R$ 17 milhões.

A grande quantia de dinheiro, transferida em um curto espaço de tempo, levantou a suspeita de que “laranjas” estejam entre os doadores. Assim, essas pessoas estariam apenas oficializando, por meio de depósitos, um recurso de caixa dois.

Mauro Lourena Cid fardado, com expressão séria
Mauro Lourena Cid – Reprodução

Essa suspeita aumentou com a informação de que o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, guardava US$ 25 mil, em dinheiro vivo, com a intenção de entregar a Bolsonaro após a venda das joias no exterior.

Para Fabio Wajngarten, advogado do ex-mandatário, a possibilidade de que apareça algum depósito de origem duvidosa na conta de seu cliente é “zero, zero”: “São depósitos de R$ 2, R$ 20, R$ 200. Raros são os que têm valor maior”.

A Folha de S.Paulo revelou que a quantia recebida por Jair Bolsonaro foi de R$ 17,2 milhões, com informações de um relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Esse valor foi depositado a ele nos seis primeiros meses de 2023.

Ainda de acordo com o órgão do governo federal, essas movimentações atípicas podem estar atreladas à vaquinha que apoiadores fizeram para ajudar o ex-presidente a pagar multas com a Justiça.

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