STF prorroga inquérito da PF contra Silvio Almeida

Atualizado em 18 de fevereiro de 2025 às 9:24
O ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, acusado de importunação sexual. Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça prorrogou, nesta segunda-feira (17), o inquérito que investiga o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida por importunação sexual.

A decisão atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF), que solicitou mais prazo para tomar o depoimento de Almeida. Com a prorrogação, a PF terá mais 60 dias para concluir a investigação.

Na semana passada, a PF havia solicitado tempo adicional para finalizar a apuração contra o ex-ministro, após ouvir depoimentos das vítimas e de outras testemunhas. Apesar da extensão do prazo, agentes envolvidos no inquérito indicaram que a conclusão pode ocorrer antes da data final estabelecida por Mendonça.

A oitiva de Almeida deve ser uma das últimas diligências da PF antes de decidir pelo indiciamento ou não do ex-ministro, ou seja, avaliar se há indícios de crime.

Relembre o caso

Silvio Almeida foi demitido em setembro do ano passado, após denúncias de assédio sexual feitas por várias mulheres, entre elas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Outras vítimas seriam ex-alunas do advogado.

Em entrevistas concedidas após a revelação do caso, Anielle afirmou que os episódios de assédio cometidos por Almeida duraram mais de um ano e teriam “escalado para um desrespeito inesperado”. Segundo seu relato, o ex-ministro chegou a assediá-la até mesmo durante reuniões oficiais.

Além da apuração conduzida pela PF e autorizada pelo Supremo, as denúncias contra o ex-ministro também estão sendo investigadas pelo Ministério Público do Trabalho.

Desde que as acusações vieram a público, Almeida nega “veementemente” as alegações. O ex-ministro afirma que os relatos são falsos e fazem parte de uma disputa de poder com o objetivo de destruir sua reputação.

“Tentaram me transformar, repentinamente, em um monstro, um homem que sempre enganou milhares de pessoas, um ‘abusador’ de mulheres”, escreveu.

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