
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acreditam que novos ataques de Donald Trump devem ocorrer em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL). A Corte rejeitou todas as tentativas do presidente norte-americano de interromper o processo contra o ex-chefe do Executivo brasileiro. Com informações da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Em 17 de maio, o republicano enviou uma carta a Bolsonaro pedindo que o julgamento fosse suspenso imediatamente. Pouco depois, vistos de sete ministros para os Estados Unidos foram suspensos, e o relator da ação penal, Alexandre de Moraes, foi incluído na lista de sancionados pela Lei Magnitsky. A medida impede relações comerciais com empresas ligadas aos EUA, incluindo bancos brasileiros.
Apesar das pressões, o julgamento seguiu seu curso. O ex-chefe do governo brasileiro foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e, em seguida, passou a cumprir prisão domiciliar. Agora, a expectativa entre magistrados é de que a condenação seja confirmada.

O governo norte-americano também emitiu avisos a quem colaborar com Moraes. Ministros do STF avaliam que as ameaças feitas até agora podem se concretizar nos próximos meses. A possibilidade de reverter o processo ou recuar em relação à condenação do ex-presidente é considerada inexistente.
Nos Estados Unidos, o comentarista Paulo Figueiredo, aliado de Eduardo Bolsonaro (PL), afirmou que sanções adicionais devem ser aplicadas, mas não de imediato. Segundo ele, será preciso aguardar o desfecho do julgamento e analisar cada voto como base para novas medidas, com acusações de violações de devido processo legal e perseguição política.
Integrantes da Corte já estudam as possíveis consequências de serem sancionados pela Lei Magnitsky, como ocorreu com Moraes. Alguns magistrados começaram a adotar providências para se resguardar de impactos financeiros e diplomáticos, mas garantem que a decisão sobre o ex-presidente não será alterada.