STF teme que relatório das Forças Armadas seja combustível para Bolsonaro reanimar atos golpistas

Atualizado em 9 de novembro de 2022 às 15:08
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Jair Bolsonaro com militar em fundo
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Nesta quarta-feira (9), o Ministério da Defesa irá apresentar o adiado relatório sobre o resultado da fiscalização das urnas eletrônicas feito pelas Forças Armadas na eleição vencida pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O documento não irá apontar a ocorrência de fraudes, no entanto, se manterá em cima do muro ao dizer que há espaço para “aperfeiçoamento” do sistema. Diante disso, ministros do STF que acompanharam a divulgação do relatório temem que a ambiguidade do texto faça o presidente Jair Bolsonaro (PL) reanimar seus simpatizantes a praticarem novos atos golpistas.

O ministro Gilmar Mendes telefonou, nesta terça-feira (8), para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O magistrado se mostrou preocupado, uma vez que, Valdemar disse que esperaria o relatório da Defesa para reconhecer a vitória de Lula nas eleições. Com informações da colunista Thaís Oyama, do UOL.

Valdemar, por sua vez, disse ao ministro que só fez a afirmação por estar, naquele momento, pressionado pela presença de 40 deputados bolsonaristas na plateia. O presidente do PL também disse a interlocutores estar apreensivo com a reação que a parte bolsonarista de sua bancada terá diante do relatório.

Mendes cobrou de Valdemar uma declaração que deixasse claro o respeito do cacique ao resultado das urnas, na qual elegeu Luiz Inácio Lula da Silva como presidente. Valdemar deverá fazer a manifestação nesta quarta-feira (9).

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