STF vai para cima de Carlos Bolsonaro em investigação sobre Abin paralela

Atualizado em 14 de junho de 2024 às 12:36
Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro. Foto: reprodução

Nas próximas semanas, o Supremo Tribunal Federal (STF) tende a dar andamento ao inquérito que apura o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a prática de espionagem ilegal de adversários do governo Bolsonaro, o que ficou conhecido como caso da Abin paralela.

Uma nova ação deve mirar o filho “Zero Dois” do ex-presidente, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), apontado como um dos líderes do esquema e ainda atuava no gerenciamento de milícias digitais para a criação de fake news para o favorecimento político de Jair Bolsonaro (PL).

O inquérito elaborado pela Polícia Federal está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes e, segundo Robson Bonin, da Veja, deve levar “transtornos” ao Carluxo. “Pegamos ele”, disse um investigador ao falar das provas contra Carlos. “As coisas se conectam: Abin paralela e milícias digitais”, afirmou a mesma fonte do jornalista.

O esquema ilegal criado no governo Bolsonaro visava espionar autoridades públicas, adversários políticos e alvos de interesse do Planalto. Para isso, eles usaram o software espião First Mile, segundo documentos obtidos pela PF. O setor foi criado em 2020 pelo então mandatário, que criou novas estruturas dentro da Agência.

Entrada da Abin. Foto: reprodução

O ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal (PL) e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, nega irregularidades e alega que o software era usado somente pelo “departamento de operações”.

O governo Bolsonaro alegou que o objetivo era planejar e executar “atividades de inteligência” para enfrentar “ameaças à segurança e à estabilidade do Estado”. Servidores da Abin e policiais federais próximos de Ramagem e da família Bolsonaro foram nomeados para cargos de chefia na estrutura.

O FirstMile, ferramenta israelense, foi usado pela Abin entre 2019 e 2021 e ficou hospedado em computadores da Diretoria de Operações de Inteligência.

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