Sumiço de Serra completa uma semana. Por Moisés Mendes

Atualizado em 10 de julho de 2020 às 11:42
José Serra. Foto: Evaristo Sa/AFP

Completa hoje uma semana a batida da Polícia Federal na casa de José Serra, em Alto de Pinheiros, onde ele mora com a filha Verônica, gestora financeira dos negócios do pai.

Bateram na casa de manhã cedo, como fazem sempre nesse tipo de operação, mas nem Serra nem a filha estavam em casa. Quem os alertou da visita? Esta é a primeira pergunta.

A segunda é esta: onde foram parar José Serra e a filha, que nunca foram procurados pela grande imprensa?

Onde estão o pai e a filha envolvidos em lavagem de dinheiro desde 2006, mas só agora denunciados pelo Ministério Público?

Enquanto a Polícia Federal investigava a reforma na cozinha do sítio de Atibaia, Serra e Verônica continuavam movimentando uma conta na Suíça com o equivalente a mais de R$ 40 milhões.

Mas não há nada, nenhuma linha nas reportagens da grande imprensa que trate do destino de Serra e da filha. Onde estariam, o que fazem, quem os esconde? Nada.

Serra tem a proteção da grande imprensa por serviços prestados como governador, senador e prefeito.

Os jornais dão notinhas nos cantos de página sobre a lavagem de dinheiro que ele recebeu da Odebrecht, mas não se sabe nada de Serra. O senador zumbi do PSDB é um desaparecido.