Suspeito de assassinar Marielle é condenado por tráfico internacional de armas

Os itens eram enviados de Hong Kong e endereçados à Academia Supernova, que pertence a ele e sua esposa

Atualizado em 7 de agosto de 2022 às 20:16
Ronnie Lessa.
Foto: Reprodução

Na última sexta-feira (5), a 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou a prisão do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018. Ele foi condenado por tráfico internacional de armas.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Lessa por ter importado 16 peças de fuzil AR-15, apreendidas em 2017 no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, pela Receita Federal. Esses itens são conhecidos como ”quebra-chamas”, e na época em que foram apreendidos, eram de uso restrito.

As peças chegaram de um pacote vindo de Hong Kong, destinado à Academia Supernova, do ex-policial e sua esposa, Elaine Pereira Figueiredo Lessa. No processo, ela também chegou a ser acusada, mas foi absolvida.

Em sua defesa, o acusado alegou que os itens seriam usados como “freios de boca”, com o objetivo de diminuir o movimento das armas quando disparadas. Entretanto, para a Justiça o quebra-chamas se “destina a dificultar a identificação da origem dos disparos de fuzis AR-15, ordinariamente empregados por organizações criminosas que controlam vastos territórios da cidade do Rio de Janeiro”.

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