O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato bolsonarista ao governo de São Paulo, disse nesta quarta-feira (24) que as cartas em defesa da democracia são “o fim da picada”.
“Acho o fim da picada haver pessoas assinando a carta se dizendo defensores da democracia no Brasil, mas defendendo ditadura na Nicarágua, na Venezuela”, disse o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) ao jornal O Estado de S. Paulo em sabatina promovida com a FAAP. “[…] Então, não faz o menor sentido”.
A declaração de Tarcísio é contra as cartas idealizadas pela Universidade de São Paulo, a Federação das Indústrias de São Paulo e a Ordem dos Advogados do Brasil. O discurso do candidato está alinhado com o de Bolsonaro, seu principal aliado e padrinho político nas eleições.
Segundo o ex-ministro, os documentos teriam caráter político-partidário, mesmo não nomeando ninguém diretamente que esteja envolvido nas eleições. “Eu questiono o simbolismo daquele evento porque, para mim, tinha um cunho político-partidário. Para mim, [tinha] um cunho de oposição ao presidente que estava muito claro”, afirmou.
As cartas não mencionam qualquer partido ou candidato político e têm apoios de várias entidades, como as centrais sindicais e a Fiesp.