
A ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), na cerimônia de homenagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que ocorrerá nesta segunda-feira (11) no Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), levanta suspeitas sobre suas reais intenções políticas.
Oficialmente, ambos alegam conflitos de agenda, sendo que o governador participará de um evento do agronegócio e, em seguida, terá outro compromisso com o prefeito, que envolve a entrega de novas motocicletas equipadas com câmeras para a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Polícia Militar (PM).
No entanto, nos bastidores, a decisão de se ausentar é interpretada como uma estratégia para evitar um desgaste político, especialmente considerando a relação próxima de ambos com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Fontes do Palácio dos Bandeirantes indicam que a presença do governador no evento, ao lado de Moraes, poderia ser extremamente delicada, dada a posição pública de Tarcísio em defesa de Bolsonaro, figura central nas investigações conduzidas por Moraes no STF.
O gesto, portanto, pode ser visto como uma clara demonstração de apoio indireto a Bolsonaro e àqueles que, ao longo dos últimos anos, tramaram ações que ameaçam diretamente a democracia no Brasil, incluindo planos de assassinato de ministros da Suprema Corte, como o próprio Moraes.
A ausência também não é trivial no contexto político atual, onde a tensão entre os apoiadores de Bolsonaro e as instituições democráticas se intensificou. Tanto para o prefeito quanto para Tarcísio, essa escolha de evitar o evento é mais uma forma de alinhamento com os que, de maneira implícita ou explícita, desafiam as bases democráticas do país.