A coluna do jornalista Rodrigo Rangel, no Metrópoles, revelou a existência da costura de um pacto anti-PT que está sendo urdido entre Rodrigo Garcia (PSDB) e Tarcísio Freitas (Republicanos). Os dois políticos querem um pacto de não agressão na campanha eleitoral em São Paulo. Para eles, apenas aliados ambos poderiam vencer o PT em um eventual segundo turno.
Bolsonaristas e tucanos têm o PT como “inimigo em comum”. Políticos do PL e do PP, partidos da coligação de Bolsonaro, já apoiam à reeleição de Garcia, o que tem contribuído para a aproximação.
As pesquisas indicam que tanto o ex-presidente Lula, na eleição presidencial, quanto o petista Fernando Haddad, que disputará o Palácio dos Bandeirantes, estão praticamente garantidos no segundo turno.
O presidente da República insistiu para que Tarcísio de Freitas, seu ex-ministro da Infraestrutura, para assegurar pelo menos um palanque genuinamente bolsonarista no maior colégio eleitoral do país. Alguns episódios recentes, porém, mudaram a percepção dos aliados do presidente. A saída de João Doria da disputa presidencial, todavia, abriu a possibilidade de que o atual presidente também encontra guarida no palanque de Rodrigo Garcia.
Coordenador da campanha do pai, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), tem conversado com aliados de Garcia sobre a importância de ambos caminharem juntos em um eventual segundo turno contra o PT. O “Zero Um” sabe que precisa dos votos conservadores de SP derrotar Lula.
Garcia, por sua vez, dialoga com o eleitorado conservador do interior paulista, majoritariamente antipetista, e adota um discurso muito próximo ao bolsonarismo, especialmente na área da segurança pública. “Não tenho dúvida que se esse for o cenário do segundo turno nós teremos o Bolsodrigo”, define um aliado do tucano, atualizando o nome da malfadada “aliança” Bolsodoria das eleições de 2018.