O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidiu enviar o secretário da Casa Civil, Arthur Lima, para uma missão oficial em Israel. Leia-se propaganda sionista.
A viagem ocorre em meio ao agravamento das tensões diplomáticas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o premiê israelense Binyamin Netanyahu, após as declarações de Lula classificando como genocídio o que é genocídio de Israel na Faixa de Gaza.
A missão foi articulada pela Frente Parlamentar em Defesa da União entre Brasil e Israel, criada na Assembleia Legislativa paulista em 2024 por aliados do governador.
O convite partiu do Consulado de Israel em São Paulo e prevê compromissos em Tel Aviv e Jerusalém, além de visitas a áreas atingidas nos ataques de 7 de outubro de 2023. Além de Lima, participam da comitiva o subsecretário de Assuntos Diplomáticos, Samo Sérgio Gonçalves Tosatti, e o assessor Bruno Berkiensztat.
Segundo a Casa Civil, o objetivo é “fortalecer relações institucionais e promover intercâmbio de experiências com autoridades israelenses”. A mesma balela de sempre. Todas as despesas da missão serão custeadas pelo Estado de Israel.
Isso se chama hasbara, termo em hebraico que significa “explicação” e é utilizado por Israel para descrever ações de diplomacia pública, comunicação e relações internacionais voltadas a melhorar sua imagem no exterior e conquistar apoio político e institucional em outros países.
O movimento ocorre em paralelo às críticas de Tarcísio à condução da política externa do governo federal, especialmente diante da reação às tarifas de 50% impostas pelo presidente americano, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
No mesmo período, o governador recebeu em São Paulo o governador da Geórgia, Brian Kemp, e destacou nas redes sociais a importância do diálogo econômico, lembrando que 37 empresas da Geórgia atuam no Brasil e que 40 companhias brasileiras mantêm operações no estado norte-americano, gerando cerca de 12 mil empregos.