Em seu programa de candidatura para o Governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) não mencionou o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político, em nenhuma das 43 páginas do documento.
Segundo a Folha de S.Paulo, o ex-ministro tem sido chamado de ”traidor” por aliados do presidente, que alegam que ele esconde Bolsonaro de sua campanha. Em contrapartida, o seu maior concorrente na disputa, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), citou cinco vezes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu programa.
O governador Rodrigo Garcia (PSDB) tenta dissociar a sua imagem com a de João Doria (PSDB) há meses, e também não o menciona em seu programa.
No entanto, na última terça-feira (9), Tarcísio disse em um evento que está fechado com o chefe do Executivo até o fim. “Acham que vou esconder o Bolsonaro na campanha? Vou mostrar e falar em alto e bom som para quem quiser ouvir: ‘Sou o candidato do Bolsonaro em São Paulo!”, alegou.
Em uma nota enviada ao jornal, a assessoria do ex-ministro nega qualquer tentativa de desassociação e diz que o programa foi elaborado em concordância com o que o presidente defende e promove.
“Utilizar a ausência de menção direta ao nome do presidente em um plano de diretrizes de governo é mais uma tentativa desonesta e partidária de dissociar Tarcísio de Jair Bolsonaro. Tarcísio é o candidato do presidente Bolsonaro em São Paulo e sua presença já constante será ainda maior durante o período de campanha”, diz a nota.