Com a argumentação de que Tarcísio de Freitas nunca morou em São Paulo, A executiva estadual do PSOL promete acionar o Ministério Público Eleitoral (MPE) contra a sua pré-candidatura ao governo. Como o prazo para impugnar a transferência de domicílio eleitoral já expirou, o questionamento da mudança será feito junto ao Ministério Público Eleitoral. A representação contra o ex-ministro será impetrada após o Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo (TRE-SP) decidir que Sergio Moro (União Brasil) não poderá concorrer às eleições de 2022 por São Paulo por causa de domicílio. A corte considerou irregular a transferência do título de eleitor do ex-juiz para a capital paulista.
A apuração de irregularidades no cadastro de um candidato pode ocorrer em qualquer período, seja por proposição de um eleitor, partido político ou pelo próprio Ministério Público.
Nascido no Rio de Janeiro e hoje residente em Brasília, o ex-ministro de Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro, registrou como domicílio a residência que pertence à família de sua cunhada, em São José dos Campos. O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, questiona que Tarcísio não tem uma trajetória no estado para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, muito menos uma história de militância política no estado e que sua candidatura seria um desrespeito aos eleitores paulistas.
“O caso de Moro se aplica também a Tarcísio Freitas. O ministro de Bolsonaro não mora em São Paulo e pretende ser candidato representando a ‘máquina’ do governo federal. Isso é um desrespeito com os eleitores de São Paulo”, disse Juliano Medeiros.
O presidente do PSOL ainda acusa de flagrante a utilização de uma posição de visibilidade —no caso, de ex-ministro de Estado— para driblar a inexistência de vínculo com o estado de São Paulo.