
A quinze meses das eleições, Tarcísio de Freitas (Republicanos), segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo, já admite em conversas reservadas que deve concorrer à Presidência da República em 2026.
De acordo com aliados, o governador paulista discute cenários de campanha e estratégias de alianças com políticos e empresários. Em público, contudo, mantém o discurso de que buscará a reeleição no estado.
O Centrão, que vê Tarcísio como nome natural da oposição, já se articula para garantir espaço na chapa. O nome preferido para vice é o do senador Ciro Nogueira (PP), mas interlocutores reconhecem que, se Jair Bolsonaro (PL) quiser indicar Michelle Bolsonaro (PL) ou um dos filhos, o grupo dificilmente se oporia – a expectativa é que o ex-presidente anuncie seu apoio até dezembro.

O impasse, ainda segundo um líder do Centrão, deve ser resolvido até o fim do ano: “Se o Bolsonaro não se definir até lá, é porque o candidato dele será o Flávio [Bolsonaro]” – o grupo trabalha com a hipótese de unir o bolsonarismo em torno de um nome único para enfrentar Lula ou outro nome governista em 2026.
A pesquisa “O que pensam os deputados federais”, da Genial/Quaest, mostra que 49% dos parlamentares acreditam que Tarcísio será o nome da oposição em 2026.
O índice subiu em relação aos 39% registrados em maio de 2024. Entre os deputados da oposição, 56% apontam o governador como favorito, enquanto 32% ainda apostam em Bolsonaro e 6% em Michelle.