Tarcísio pede ao STF para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

Atualizado em 6 de agosto de 2025 às 16:40
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Andre Penner/AP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), protocolou nesta quarta (6) um pedido formal ao Supremo Tribunal Federal (STF) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar. O ofício foi enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, responsável por autorizar ou negar visitas ao ex-chefe de Estado.

No documento, Tarcísio justificou a solicitação com base em sua proximidade política e pessoal com Bolsonaro. Ele afirma: “o peticionário é correligionário e amigo do ora recluso”, e acrescenta que há “razões político‑institucionais e humanitárias” que justificam a visita pessoal.

A decisão final caberá ao ministro Moraes. Até o momento, apenas o senador Ciro Nogueira (PP‑PI) foi autorizado a visitar Bolsonaro. Outros oito parlamentares e um empresário aguardam resposta sobre pedidos similares.

Paralelamente, Moraes decidiu liberar visitas de familiares diretos (filhos, cunhadas, netos e netas) sem necessidade de autorização prévia. Ele também impôs restrições: os visitantes não podem utilizar celular, fotografar ou gravar vídeo durante o encontro.

Jair Bolsonaro, então presidente, durante cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes na Presidência do TSE, em agosto de 2022. Foto: Antonio Augusto/TSE

Tarcísio, aliado próximo de Bolsonaro e candidato cotado para liderara extrema-direita em 2026, já havia criticado a decisão de se decretar prisão domiciliar. Em redes sociais, chamou a medida de “absurda” e afirmou que “ninguém conseguiu provar as acusações contra o ex-presidente”.

Em vídeo publicado nas redes, o governador, sem citar diretamente o nome de Moraes, sugeriu parcialidade na condução do processo sobre a trama golpista.

“Bolsonaro foi julgado e condenado muito antes de tudo isso começar. Por uma tentativa de golpe que não aconteceu, um crime que não existiu e acusações que ninguém consegue provar”, afirmou Tarcísio na publicação.