
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que a decisão, tomada neste sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, é “irresponsável” e fere a dignidade humana.
Tarcísio se manifestou nas redes sociais poucas horas após a detenção do ex-presidente. O governador paulista disse que Bolsonaro enfrenta “ataques” e “injustiças” e que a prisão ignora o estado clínico do ex-capitão.
“Jair Bolsonaro tem enfrentado todos os ataques e todas as injustiças com a firmeza e a coragem de poucos. Tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde e ignorando todos os apelos provenientes das mais diversas fontes, todos os laudos médicos e evidências”, escreveu no X.
Na sequência, ele reafirmou o discurso que adota desde que o ex-presidente se tornou alvo de processos: “Bolsonaro é inocente e o tempo mostrará. Seguimos firmes ao seu lado e lutaremos para que essa injustiça seja reparada o quanto antes.”
Jair Bolsonaro tem enfrentado todos os ataques e todas as injustiças com a firmeza e a coragem de poucos. Tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde e ignorando todos os apelos provenientes das mais diversas fontes, todos os laudos médicos e…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) November 22, 2025
Visitas programadas foram canceladas
Antes da prisão, Tarcísio tinha autorização de Moraes para visitar Bolsonaro no próximo dia 10 de dezembro. Outra visita também estava prevista: em 1º de dezembro, o deputado Guilherme Derrite (PP) encontraria o ex-presidente durante a prisão domiciliar.
Os encontros estavam marcados para ocorrer em meio à discussão do PL Antifacção, do qual Derrite é relator, mas ambos os compromissos foram suspensos.
Situação processual
Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A prisão preventiva não decorre da condenação de 27 anos e três meses pela tentativa de golpe, que ainda está em fase recursal. Quando os recursos forem esgotados, a pena deverá começar em regime fechado.
Embora faça parte do mesmo julgamento de integrantes do núcleo central da trama golpista, Bolsonaro foi o único a receber ordem de prisão preventiva. Os demais condenados permanecem em liberdade enquanto aguardam os próximos desdobramentos processuais.