
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidiu ignorar as ameaças do filho do capo e tentar se salvar politicamente para 2026.
Articulou uma reunião com o encarregado de negócios dos EUA, Gabriel Escobar, e empresários paulistas para discutir as tarifas de 50% impostas pelo governo Donald Trump a produtos brasileiros.
Licenciado do mandato e morando nos Estados Unidos, Eduardo afirmou à Folha de S.Paulo que Tarcísio usa “os canais errados” e o acusa de desrespeitá-lo ao tentar negociar sem sua autorização.
A reunião marcada para esta terça-feira (15), em São Paulo, coloca Tarcísio à frente das negociações com o empresariado, sem passar pela estrutura bolsonarista que faz a chantagem operada pelo governo Trump.
É uma traição formal aos Bolsonaros. Tarcísio vira, agora, um alvo para os golpistas e pode ter o mesmo fim, eventualmente, de Gustavo Bebianno.
Na semana passada, ele já havia se encontrado com Escobar, em Brasília, após sofrer críticas por não condenar a taxação. Covarde, apoiou o tarifaço de Trump, culpou Lula e causou revolta entre a elite industrial do estado, que depende do comércio com os EUA, e se mostrou refém do chefão — papel que não quer mais porque viu o esgoto em que a família está mergulhando.
Mereceu até mesmo editoriais do Estadão, que o chamaram de “marionete de Bolsonaro”.
Agora, ao reunir o setor produtivo em São Paulo com presença diplomática americana, tenta se projetar como interlocutor viável sem o aval do bando de Bolsonaro.
“O filho do presidente está nos EUA e tem acesso à Casa Branca. Nós já provamos que somos mais efetivos até do que o próprio Itamaraty. Qualquer tentativa de nos dar bypass (passar por cima) será brecada”, afirmou Eduardo Bolsonaro.
O palhaço Eduardo finge não saber, mas está sendo traído também por Donald Trump e sua corriola. The dream is over.