Tarcísio volta atrás na questão dos livros e a emenda sai pior de que o soneto

Atualizado em 5 de agosto de 2023 às 22:59
Tarcísio de Freitas. (Foto: Reprodução)

O atual governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) voltou atrás na sua decisão de abandonar o uso de livros físicos nas escolas da rede estadual de ensino, e anunciou que o governo de SP irá disponibilizar material didático impresso para os alunos. As informações são da Folha de S.Paulo. As apostilas, entretanto, serão baseadas no conteúdo digital que já está sendo utilizado nas escolas.

“Nós vamos encadernar [o material] e entregar impresso, encadernado. Ou seja, se o aluno quiser estudar digitalmente ele vai poder, se ele quiser estudar no conteúdo impresso ele também vai ter essa opção”, disse.

As declarações de Tarcísio ocorreram neste sábado (5), durante a inauguração de uma creche em Biritiba Mirim, na Grande São Paulo.

A ação de “recuo” por parte do governo Tarcísio faz referência a decisão da Secretaria de Educação, comandada pelo empresário da área de tecnologia Renato Feder, ter aberto mão de receber livros do governo federal para os anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) a partir de 2024.

No entanto, nem todas as escolas da rede pública possuem equipamentos necessários, como lousas digitais, projetores e computadores. A medida fazia com que os professores, muitas vezes, tivessem que improvisar o uso do material didático digital durante suas aulas, imprimindo os slides e entregando aos estudantes para que eles pudessem acompanhar as aulas.
Enquanto os professores passavam por essas dificuldades, as escolas acumulam centenas de livros didáticos, enviados pelo Ministério da Educação (MEC), embalados e sem uso por orientação da secretaria.

Mesmo com o recuo, a decisão de não aderir ao PNLD (Programa Nacional de Livros Didáticos) foi criticada por educadores e será alvo de investigação pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo). Essa é a primeira vez que São Paulo fica fora do programa.

Em ofício a ser encaminhado à Secretaria do Estado da Educação de São Paulo, a promotoria citou o fato de o governo ter anunciado que será o responsável pela elaboração do conteúdo didático e cobrou informações sobre quem serão as pessoas e as empresas que irão elaborar esse material, além dos custos.

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