
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta de tarifa zero no transporte público deve fazer parte da campanha de reeleição do presidente Lula em 2026. Em entrevista à Record, ele confirmou que o governo estuda a viabilidade econômica da medida e que o tema foi uma determinação direta do presidente.
“Nós estamos fazendo nesse momento uma radiografia do setor a pedido do presidente Lula. Ele sabe que esse tema é importante para os trabalhadores, para o meio ambiente e para a mobilidade urbana”, disse o ministro na entrevista.
Segundo Haddad, o estudo técnico deve servir de base para eventuais propostas a serem discutidas nos próximos anos. Nesta terça (7), em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, do CanalGov, ele voltou a citar o assunto e detalhou que sua pasta está revisando antigos projetos sobre o financiamento do transporte urbano.
“Tem vários estudos que estão sendo recuperados pela Fazenda para verificar se existem outras formas mais adequadas de financiar o setor, mas estamos neste momento fazendo uma grande radiografia”, prosseguiu Haddad.

O ministro explicou que o levantamento busca dimensionar todos os custos e fontes de receita do sistema de transporte público. “Quanto custa o setor, quanto o poder público está colocando de subsídio no setor, quanto as empresas mediante vale transporte estão aportando para o setor, quanto está saindo do bolso do trabalhador, quais os gargalos tecnológicos, quais as oportunidades tecnológicas”, acrescentou.
Haddad reforçou que o objetivo é propor soluções que tornem o transporte mais acessível e sustentável. “Estamos fazendo um mapeamento. Vamos perseverar nesses estudos para apresentar uma radiografia do setor e verificarmos quais as possibilidades de melhorar isso que tem um apelo social muito forte”, completou.
Uma proposta similar, que previa gratuidade nos ônibus municipais, sem distinção de linhas, horários ou segmento social, em Belo Horizonte (MG) foi rejeitado pela Câmara Municipal na semana passada. A medida previa que empregadores com 10 funcionários ou mais pagassem uma Taxa de Transporte Público (TTP), com isenção até o nono, além de receitar de publicidade em ônibus e terminais, multas e um fundo municipal.