
O “tarifaço” de Donald Trump, com sobretaxas a produtos estrangeiros, provocou uma reação imediata de consumidores e empresas fora dos Estados Unidos. Mesmo com a suspensão parcial das medidas e a redução temporária das alíquotas, crescem os boicotes a produtos americanos em diversos países.
Na Europa e no Canadá, campanhas incentivam a compra de itens locais e o descarte simbólico de marcas dos EUA, em protesto contra as políticas comerciais do governo do republicano.
Na Alemanha, uma pesquisa mostrou que 64% da população prefere evitar produtos americanos. No LinkedIn, o CEO do maior varejista da Dinamarca anunciou que identificará marcas europeias com uma estrela para orientar consumidores. Já a fornecedora norueguesa Haltbakk Bunkers decidiu parar de abastecer navios da Marinha dos EUA.
Grupos no Facebook e fóruns como Reddit também organizam ações para virar embalagens de produtos dos EUA nas prateleiras de supermercados, como forma de alerta.
Impacto no setor automobilístico
A Tesla, do bilionário Elon Musk, tornou-se o principal alvo dos protestos. A empresa perdeu 40% do valor de mercado e viu as vendas despencarem, especialmente na Europa, onde a queda foi de 45% em janeiro – a Volkswagen assumiu a liderança nas vendas de carros elétricos, seguida por BMW, Audi e outras marcas locais.
No Canadá, a insatisfação com as tarifas elevou a popularidade do Partido Liberal, liderado por Mark Carney. O governador de Ontário, Doug Ford, cancelou um contrato com a Starlink, de Musk, e afirmou que “Ontário não faz negócios com quem está doido para destruir a nossa economia”.

Ferramentas como os aplicativos Buy Beaver e Maple Scan foram criadas para ajudar consumidores canadenses a identificar itens produzidos nos EUA. Segundo Dylan Lobo, fundador do site Made in CA, há um sentimento crescente de patriotismo no país: “Os canadenses querem apoiar outros canadenses”.
Executivos globais já antecipam perdas. O CEO da Suntory Holdings, do Japão, prevê que produtos americanos como o uísque Jim Beam enfrentarão resistência.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
?Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line