Taxa de 50%: os golpistas Bolsonaro e Eduardo conseguiram sabotar o Brasil com Trump

Atualizado em 9 de julho de 2025 às 18:16
Donald Trump, Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto já tem repercussões imediatas no setor produtivo e no mercado externo.

A medida, anunciada pelo republicano em sua rede Truth Social e formalizada em carta ao presidente Lula, foi acompanhada de uma justificativa política: a alegada “perseguição” do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado.

Na prática, a retaliação econômica é resultado direto da aliança internacional entre extremistas de direita. O império americano está desesperado com o BRICS e usa o inelegível.

Em meio a seu desgaste político e jurídico no Brasil, Bolsonaro passou a ser instrumentalizado por Trump como símbolo de vitimização e peça retórica de campanha. A sabotagem, no entanto, atingiu em cheio o Brasil. A tarifa é a mais severa entre as novas sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos nesta semana e afeta produtos-chave da pauta exportadora brasileira, como aço, alumínio, carne e papel.

O impacto tende a ser expressivo. Só o setor de siderurgia movimentou mais de R$ 30 bilhões em exportações para os EUA em 2024. A nova tarifa deve inviabilizar parte desses contratos, provocar fechamento de postos de trabalho e redirecionar exportações para mercados com menor margem de lucro. No agronegócio, a medida representa um risco adicional num cenário já instável de competitividade global.

A atuação do deputado Eduardo Bolsonaro, pau mandado de seu pai, é vergonhosa. O filho do ex-presidente tem sido ativo articulador de pautas da extrema-direita internacional e mantém interlocução com figuras ligadas a Trump. Sua presença frequente nos EUA durante a tramitação de medidas contra o STF alimenta a percepção de que há uma campanha coordenada para atacar instituições brasileiras — agora com consequências econômicas diretas.

Ao transformar Bolsonaro em bandeira de sua política externa, Trump não apenas interfere nos assuntos internos do Brasil, mas impõe custos reais ao país. A aliança fascista, marcada por ataques à democracia e desprezo pelas regras internacionais, saiu da retórica e entrou no campo da sabotagem econômica. O prejuízo recai sobre os brasileiros.

Kiko Nogueira
Diretor do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.