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Taxa de desemprego cai na comparação anual e renda sobe, diz pesquisa

Carteira de trabalho. Foto: reprodução

A taxa de desemprego no Brasil iniciou o ano em 7,6%, mantendo-se no mesmo patamar observado no trimestre encerrado em outubro, que serve como referência para comparação. Por outro lado, o rendimento teve um aumento impulsionado pelo crescimento de trabalhadores na administração pública e nos serviços domésticos.

Os dados do trimestre encerrado em janeiro, divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) nesta quinta-feira (29), indicam que a contratação de profissionais nos setores de logística, tecnologia da informação e locação de mão de obra contribuiu para o aumento da população empregada no início do ano, algo historicamente incomum nesse período.

O país contava com 8,3 milhões de pessoas em busca de trabalho, mantendo-se estável na comparação trimestral. Entretanto, em comparação anual, houve uma redução de 7,8%, equivalente a 703 mil pessoas a menos nessa condição.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a estabilidade na taxa de desemprego pode ser explicada pela sazonalidade do mercado de trabalho. Até janeiro, aproximadamente 387 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho em relação ao último trimestre móvel comparável, elevando a população ocupada do país em 0,4%, totalizando 100,6 milhões de trabalhadores.

Carteira de trabalho. Foto: reprodução

Os setores que mais contribuíram para o aumento da população ocupada foram transporte (4,5% ou mais 247 mil pessoas), informação (1,9% ou mais 241 mil pessoas) e outros serviços (3,1% ou mais 164 mil pessoas).

Os números indicam um mercado de trabalho aquecido no início do ano, fugindo do histórico brasileiro. No trimestre, o número de empregados com carteira subiu 0,9%, atingindo 38 milhões, enquanto o número de empregados sem carteira permaneceu estável em 13,4 milhões.

O rendimento médio dos trabalhadores chegou a R$ 3.078 no trimestre encerrado em janeiro, registrando uma alta de 1,6% no trimestre e 3,8% no ano, descontados os efeitos da inflação. Esse aumento foi impulsionado pela administração pública, com crescimento de R$ 94, e pelos serviços domésticos, com ganho de R$ 28.

Além disso, o rendimento médio dos ocupados teve parte da sua alta influenciada pelo setor público formal, enquanto no setor privado houve crescimento na renda entre trabalhadores sem carteira e empregados domésticos sem carteira, segmentos mais informais.

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Yurick Luz

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