
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,9% no trimestre encerrado em junho, conforme as previsões dos analistas, marcando a menor taxa para o período desde 2014.
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a população ocupada alcançou um novo patamar recorde, totalizando 101,8 milhões de pessoas.
O número de brasileiros desocupados diminuiu para 7,5 milhões, o nível mais baixo registrado desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. Em maio, a taxa de desemprego estava em 7,1%.
O rendimento médio dos trabalhadores também apresentou crescimento, atingindo R$ 3.214, com um aumento de 1,8% no trimestre e 5,8% em relação ao ano anterior.
Já o contingente de trabalhadores no país cresceu 1,6% no trimestre, adicionando 1,6 milhão de pessoas, e teve uma alta de 3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, o que significa mais 2,9 milhões de pessoas ocupadas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/t/o/XxVQmmSoSqG2cEgv5xDg/carteira-de-trabalhomarcelo-casal-jr.agencia-brasil.jpg)
O número de trabalhadores com carteira assinada alcançou um novo recorde, somando 38,4 milhões, enquanto o número de trabalhadores sem carteira assinada chegou a 13,797 milhões. O setor público também registrou uma expansão no número de vagas.
Apesar do crescimento, o número de trabalhadores por conta própria e de trabalhadores domésticos permaneceu estável. A renda média real dos trabalhadores ocupados foi de R$ 3.214, o que resultou em uma massa de rendimentos de R$ 322,6 bilhões, estabelecendo um novo recorde na série histórica.
Com o fortalecimento do mercado de trabalho e o aumento da renda, espera-se um impacto positivo no consumo, o que pode exercer pressão sobre a inflação. Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá para decidir a nova taxa Selic, atualmente fixada em 10,5% ao ano.
A expectativa é que a taxa permaneça inalterada, mas o Copom estará atento à influência da recuperação do mercado de trabalho nos índices de preços.