Tedros Adhanom Ghebreyesus foi reeleito nesta terça-feira (24) para um segundo mandato como diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) por cinco anos, segundo a agência de notícias AFP.
Primeiro africano a comandar a OMS, o etíope de 57 anos era candidato único. A reeleição foi confirmada em votação secreta na 75ª Assembleia Mundial de Saúde, em Genebra, na Suíça, com uma ampla maioria dos 194 Estados-membros da OMS a favor de Tedros.
Ele obteve 155 votos de um total de 160, tendo folga de dois terços necessário para ser reeleito.
O etíope é conhecido pelo combate à Covid-19. O Dr. Tedros, como gosta de ser chamado, é especialista em malária, graduado em imunologia, doutor em saúde comunitária e foi ministro da Saúde e das Relações Exteriores de seu país.
No comando da organização desde 2017, ele teve sua atuação elogiada por muitos países, mas também contestada por outros, como é o caso dos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump, que o acusava de proteger a China.
Tedros afirma ser um homem de paz, marcado por uma infância imersa na guerra. Seu mandato, como destacou recentemente, foi marcado pelos conflitos no Iêmen e na Ucrânia.
“Muito mais do que pandemias, a guerra mina e destrói as fundações sobre as quais repousam sociedades anteriormente estáveis” e os conflitos deixam “cicatrizes psicológicas que podem levar anos ou décadas para cicatrizar”, disse Tedros recentemente, para quem “a paz é essencial para a saúde”.
“Sou filho da guerra”, disse na abertura da 75ª Assembleia Mundial da Saúde.