Temer diz que foi ‘golpe de sorte’ para o país. Socorro! Por Fernando Brito

Atualizado em 1 de agosto de 2022 às 23:46
Michel Temer. Reprodução

 

Diziam os antigos que “pretensão e água benta, cada um usa quanto quer”.

Pois se pretensão fosse água benta, Michel Temer, a esta hora, estaria bentamente afogado.

Guilherme Amado, no Metrópoles, conta que ele, certamente com o rosto lustrado de óleo de peroba, foi oferecer-se, num jantar de empresários, semana passada, para “ser convocado” para uma candidatura presidencial, na qual, disseram seus acompanhantes, partiria já de 15% do eleitorado.

Ontem, na convenção do MDB de Brasília, o “convocável” recebeu uma vaia de parte dos filiados a seu partido em Brasília e, dos que não vaiaram, ganhou a deferência de um silêncio sepulcral.

Silêncio que foi sua reação ao “fora” que levou de Dilma Rousseff, que lhe dispensou os elogios à sua honestidade.

Mas a cara de pau de Temer é insuperável. Voltou à imprensa, hoje, para reclamar de Lula que, ao desmistificar a reivindicada paternidade de Jair Bolsonaro à transposição do Rio São Francisco, chamou o de “o outro, o do golpe”.

E disse que seu governo foi era, sim, o “golpe de sorte” para o país.

Temer é um fenômeno vampiresco, mesmo. Não consegue se ver ao espelho.