
Michel Temer (MDB) discordou do indulto concedido por Jair Bolsonaro (PL) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB). Em nota, o ex-presidente que golpeou Dilma Rousseff (PT) disse que o ato ajudaria a evitar uma crise institucional e resolveria o problema. A notícia foi publicada pela CNN Brasil nesta sexta-feira (25).
No documento, Temer, que é advogado, lembrou que não há a conclusão do julgamento e que por isso Bolsonaro se precipitou ao tomar a atitude. Ele até lembrou que, após isso, Bolsonaro poderia publicar outro decreto de graça ou de indulto. O pedido de Temer, segundo ele próprio, é para pacificar as relações institucionais.
Vale lembrar que foi ele quem convenceu Bolsonaro a soltar uma nota recuando dos ataques antidemocráticos após o 07 de setembro, quando o presidente chegou a apoiar os pedidos de fechamento do STF. O recuo, à época, mexeu com os poderes, inclusive com apoiadores reclamando da decisão.
Confira a nota de Michel Temer
Como a decisão do STF sobre o processo contra o deputado Daniel Silveira ainda não transitou em julgado, o ideal, para evitar uma crise institucional entre os poderes, é que o Presidente da República revogue por ora o decreto e aguarde a conclusão do julgamento. Somente depois disso, o Presidente poderá, de acordo com a Constituição Federal, eventualmente, utilizar-se do instrumento da graça ou do indulto. Este ato poderá pacificar as relações institucionais e estabelecer um ambiente de tranquilidade na nossa sociedade. Nesse entre-tempo poderá haver diálogo entre os Poderes. O momento pede cautela, diálogo e espírito público.