
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Jair Bolsonaro por todos os crimes listados na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ligados à tentativa de golpe de Estado. Entre eles estão golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado.
Logo após a condenação, Eduardo Bolsonaro se manifestou nas redes sociais. Em um story publicado no Instagram, o deputado afirmou: “Graças a Deus” ele e seu pai têm “o aliado mais poderoso do mundo” a seu lado e garantiu que vão “virar esse jogo”. A postagem trazia ainda a legenda “Novidades vem aí”.
“O mais curioso é que as pessoas que acham que vão tomar benefício com essa condenação do Bolsonaro, acham que vão ter um caminho livre para fazer política, elas acham que o Alexandre de Moraes e o STF vão voltar para a casinha, vão voltar a ser guardiões da Constituição”, disse Eduardo. “Meu Deus do céu!”
Ver essa foto no Instagram
“Eu acho que nunca estudaram história, sabe? Nunca! Você imagina o Stalin, o Hitler, o Mao Tse Tung, Che Guevara, Fidel Castro, falando: ‘não, a gente só fuzilou no paredão essas 100 mil pessoas, a gente só mandou o pessoal pro gulag, mas agora a gente vai voltar no normal’. Ou então você acha que nunca haverá um conflito, que sempre haverá uma convergência de interesses 100% com o Alexandre de Moraes? Meu Deus do céu! Graças a Deus que a gente tem um aliado mais poderoso do mundo do nosso lado, e a gente vai virar esse jogo. Podem ter certeza disso”, continuou ele.
O deputado está atualmente nos Estados Unidos, onde participa de articulações políticas com aliados do pai. Ele tem defendido que o governo norte-americano mantenha sanções contra o Brasil, que já justificou parte do tarifaço sobre produtos brasileiros como resposta à condenação do ex-presidente.
O influenciador Paulo Figueiredo, próximo de Eduardo, afirmou à rádio CBN que ambos estão enviando em tempo real informações sobre o julgamento ao governo estadunidense. “Eles estão repassando os principais momentos do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus da trama golpista”, disse.
Figueiredo, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, tem atuado ao lado do deputado como articulador junto ao governo de Donald Trump. Segundo ele, a inclusão de Alexandre de Moraes na lista de sancionados pela Lei Magnitsky já estaria em discussão.
Aliados de Eduardo também mencionam que buscam sanções contra outros ministros do STF. Os nomes mais citados são os integrantes da Primeira Turma: Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Luiz Fux, que votou pela absolvição do ex-presidente, teria sido retirado da lista de possíveis alvos.