
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que está sendo alvo de fritura e de uma campanha pra retirá-la do governo. “Tenho feito muitas entregas, ao contrário do que andam dizendo neste processo de fritura”, afirmou à coluna de Bernardo Mello Franco no jornal O Globo.
Ela cita o relançamento do Mais Médicos e do Brasil Sorridente como exemplo do trabalho desenvolvido pela pasta e afirma que o presidente Lula está satisfeito com sua gestão.
“Estamos num contexto de disputa política. Tenho um perfil muito discreto, e às vezes discrição demais atrapalha”, afirma, relatando que o presidente pediu reforço na comunicação de sua pasta.
Nísia ainda negou que esteja demorando para liberar recursos a estados e municípios. “Havia pedidos parados há quatro anos que conseguimos resolver nestes seis meses. Além do negacionismo, o governo anterior era marcado por pouco trabalho”, prossegue.
Ela ainda diz que não tem filiação partidária e que, por isso, estaria existindo uma “confusão” nas queixas sobre o ritmo de liberação de emendas parlamentares.
“As emendas deveriam servir para fazer investimentos, não para gastos de custeio. Hoje muitos municípios dependem das emendas para cobrir a folha de pagamentos. Estamos buscando corrigir essas distorções e recompor o orçamento do SUS”, diz a ministra.
Apontado como responsável pelo processo de fritura, Arthur Lira (PP-AL) teve uma reunião com Nísia na última quarta (21). A ministra diz que o presidente da Câmara tratou somente de assuntos técnicos e afirma que tem uma “relação boa e formal, sem nenhum problema” com o parlamentar.
Ela diz, no entanto, que sua pasta não vai abrir mão do controle sobre a aplicação de recursos públicos: “Estou muito tranquila, mas tenho uma biografia”.