Bernardo Arévalo, o recém-empossado presidente da Guatemala, finalmente assumiu o cargo na madrugada desta segunda-feira (15), após quase nove horas de atraso, em meio a um cenário caótico de disputas políticas no Congresso e protestos de seus apoiadores.
Arévalo alcançou a presidência após vencer as eleições de agosto com uma margem confortável. Apesar do resultado favorável, ele tem enfrentado resistência de diversos promotores vinculados ao governo anterior.
🇬🇹⚡️ Bernardo Arévalo toma posse como presidente da Guatemala
Bernardo Arévalo foi empossado como o novo presidente da Guatemala depois que o Congresso tentou impedir a transferência de poder atrasando a cerimônia de posse por mais de nove horas. pic.twitter.com/APFtNqfsWp
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 15, 2024
Uma semana após sua vitória, promotores entraram com uma ação para tentar suspender o partido pelo qual foi eleito, o que impactaria seu apoio no Legislativo.
Apesar da pressão de centenas de apoiadores para que os legisladores seguissem a Constituição, o processo de tomada de posse se arrastou por horas, resultando em confrontos entre eleitores e a tropa de choque no exterior do Congresso no domingo (14).
Os manifestantes ameaçaram invadir o Congresso da Guatemala devido ao atraso na indução dos legisladores, enquanto a posse planejada de Arévalo, inicialmente prevista para as 15h, horário local, ainda não havia começado.
Horas antes de assumir o cargo, Bernardo Arévalo, filho do primeiro presidente democrático da Guatemala, comprometeu-se a encerrar um “período tenebroso” de “cooptação corrupta do sistema político” durante seu governo.
Arévalo avançou surpreendentemente para o segundo turno presidencial em junho, derrotando a ex-primeira-dama Sandra Torres Casanova com 60% dos votos, graças à sua mensagem anticorrupção.
Desde então, ele e seu partido têm sido alvo de uma ofensiva judicial que ele denunciou como um “golpe de Estado”, liderado pela elite política e econômica que governou o país por décadas.
O Ministério Público tentou retirar sua imunidade como presidente eleito, desmantelar seu partido progressista e anular as eleições, alegando irregularidades eleitorais.
A investida judicial, considerada “espúria” por Arévalo, foi condenada pela ONU, OEA, União Europeia e Estados Unidos, que anunciaram sanções contra centenas de promotores, juízes e deputados por “corrupção” e por “minar a democracia”.
Assista abaixo:
Golpe na Guatemala, presidente eleito com 60% dos votos é impedido de tomar posse. pic.twitter.com/8xiKvMKgns
— 🦂Eliani Carvalho🦂 ❤️ (@ElianiC4rvalhoo) January 15, 2024
Hoje, 14 de janeiro de 2024 DC, o dia em que o presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, um político esquerdista e pró-China declarado que concorreu com uma plataforma progressista e liberal de esquerda, deveria tomar posse como presidente.
O Presidente eleito e os seus… pic.twitter.com/6eYmSMy7gn
— Tuca (Arthur) (@tucabr54) January 15, 2024
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