Terra da Gente: Lula lança programa para fazer reforma agrária “sem muita briga”

Atualizado em 15 de abril de 2024 às 21:47
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a apresentação do Programa Terra da Gente para a Reforma Agrária, no Palácio do Planalto. Brasília – DF – Foto: Ricardo Stuckert / PR

Em seu pronunciamento, o petista destacou a necessidade de um levantamento abrangente das áreas disponíveis para a reforma agrária, liderado pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. A ênfase foi na identificação de terras aptas para assentamentos, “sem muita briga”.

“Eu pedi ao Paulo Teixeira [ministro do Desenvolvimento Agrário] que fizesse um levantamento para a gente ter noção de todas as terras que podiam ser disponibilizadas para assentamento nesse país”, explicou Lula.

O programa Terra da Gente estabelece prateleiras de terras, conjuntos de áreas potencialmente adequadas para o assentamento de famílias de agricultores, apresentando uma alternativa inovadora à tradicional desapropriação: “Isso não invalida a continuidade da luta pela reforma agrária. Mas o que nós queremos fazer é mostrar aos olhos do Brasil o que a gente pode utilizar sem muita briga. Isso sem pedir para ninguém deixar de brigar”.

O governo federal alocou vultosos recursos, no montante de R$ 520 milhões, para aquisição de terras destinadas à política agrária. Destes, R$ 383 milhões serão direcionados ao assentamento de pequenos agricultores, enquanto R$ 137 milhões serão investidos em territórios quilombolas.

A expectativa é de que até 2026, aproximadamente 295 mil famílias sejam beneficiadas por meio desse programa, representando um passo significativo rumo à equidade no acesso à terra e à promoção da agricultura familiar.

O anúncio do programa ocorre em um cenário marcado por tensões sociais e políticas, evidenciadas pelas recentes ocupações de áreas por parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) em diversas regiões do país, como Campinas (SP), Crateús (CE), Parauapebas (PA) e Campos dos Goytacazes (RJ).

Essas ações, realizadas como parte do movimento Abril Vermelho, visam pressionar por avanços na política agrária, recordando o massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, onde 21 trabalhadores rurais foram mortos durante um protesto pela reforma agrária.

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