Terremoto de magnitude 8,7 atinge costa da Rússia e causa tsunami no país

Atualizado em 29 de julho de 2025 às 22:37
Ponto vermelho mostra local de tremor de magnitude 8,0, na costa leste da Rússia, em 29 de julho de 2025 — Foto: USGS

Um terremoto de magnitude 8,7 foi registrado nesta terça-feira (29) na costa leste da Rússia, nas proximidades da Península de Kamtchatka. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro ocorreu a cerca de 100 km do litoral, a uma profundidade de 19,3 km — considerada rasa, o que aumenta o risco de formação de ondas gigantes.

Devido à intensidade do tremor, as autoridades emitiram alerta de tsunami no Japão, Alasca e Havaí. A Agência Meteorológica do Japão colocou toda sua costa pacífica em estado de atenção. O USGS também estendeu os avisos à costa oeste do Canadá e dos Estados Unidos, embora com risco reduzido nessas regiões. Na Rússia, as ondas gigantes já começaram.

A Península de Kamtchatka, situada entre o Oceano Pacífico e o Mar de Okhotsk, é uma zona de intensa atividade sísmica e vulcânica. A região tem cerca de 1.250 km de extensão e abriga pequenas comunidades que estão habituadas a terremotos, mas o governador local afirmou que este foi o mais forte registrado nas últimas décadas.

Socorristas retiram corpos de vítimas de terremoto que devastou a região de Fukushima em 2011. Foto: Hiro Komae/AP

Segundo as autoridades locais, já há registro de danos materiais em algumas áreas, embora, até o momento, não tenham sido relatadas vítimas. Como medida preventiva, moradores da cidade de Severo-Kurilsk, com cerca de 2 mil habitantes, começaram a ser evacuados. O governo pediu que todos evitem áreas costeiras nas próximas horas.

O alerta indica que as primeiras ondas do tsunami podem atingir a costa da Rússia e do Japão dentro de até três horas após o tremor. A recomendação é que comunidades vulneráveis fiquem em áreas elevadas até que seja oficialmente declarado o fim do risco. O monitoramento da situação segue sendo feito em tempo real por agências internacionais.

A movimentação sísmica na região do Anel de Fogo do Pacífico é frequente, mas tremores dessa magnitude são raros. Autoridades seguem em alerta devido à vulnerabilidade das populações costeiras da Ásia e do Pacífico diante de catástrofes naturais.

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