
Uma máscara de caveira usada por um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília no último domingo (8), é conhecida nos fóruns extremistas como “siege mask” (“máscara de cerco”, em tradução livre), e se tornou o elo entre a movimentação golpista e a identificação de simpatizantes neonazistas com os atos de vandalismo que assolaram a Capital Federal. Com informações da Uol Tab.
Inicialmente, o símbolo popularizou-se por conta do personagem Ghost da franquia de jogos “Call Of Duty”. Agora, o acessório é o mais usado em atos terroristas e massacres em escolas no país.
A ligação com o neonazismo se deu através de um grupo intitulado “Atomwaffen Division”, uma organização extremista criada em 2015, que nasceu dentro de um fórum chamado Iron March, extinto em 2017 — o espaço que também serviu de incubadora para outros grupos neonazistas pelo mundo.
Um ex-supremacista branca, Christian Picciolini, disse em entrevista para o site de notícias norte-americano “Daily Beast”, que muitos dos membros da Atomwaffen Division são gamers, o que facilita a simpatia pela máscara. Outros especialistas em extrema-direita também apontam a semelhança estética do aparato com o Totenkopf, símbolo da Waffen-SS, uma das paramilícias que atuavam na Alemanha nazista.
Como é um item fácil de encontrar em lojas virtuais, não tardou para que a máscara começasse a aparecer cobrindo rostos de neonazistas e autores de atentados no mundo inteiro.
Poucas horas após a invasão, bolsonaristas começaram a divulgar nas redes sociais que o homem com a máscara era um “infiltrado” de esquerda.
FOI TUDO PLANEJADO!
Ajudem a divulgar os infiltrados! Senão nós vamos perder a batalha! São eles em Brasilia e nós nas redes sociais! Compartilhem ??? 08/01/23 ?? pic.twitter.com/Ex4E5W1iNT
— Van Liberdade (@VanLiberdade) January 8, 2023