Terrorista do DF usava máscara com símbolo neonazista

Atualizado em 13 de janeiro de 2023 às 16:40
Bolsonarista usa a ‘siege mask’ (‘máscara do cerco’, em tradução livre) durante atos terroristas em Brasília. Foto: Reprodução

Uma máscara de caveira usada por um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília no último domingo (8), é conhecida nos fóruns extremistas como “siege mask” (“máscara de cerco”, em tradução livre), e se tornou o elo entre a movimentação golpista e  a identificação de simpatizantes neonazistas com os atos de vandalismo que assolaram a Capital Federal. Com informações da Uol Tab.

Inicialmente, o símbolo popularizou-se por conta do personagem Ghost da franquia de jogos “Call Of Duty”. Agora, o acessório é o mais usado em atos terroristas e massacres em escolas no país.

A ligação com o neonazismo se deu através de um grupo intitulado “Atomwaffen Division”, uma organização extremista criada em 2015, que nasceu dentro de um fórum chamado Iron March, extinto em 2017 — o espaço que também serviu de incubadora para outros grupos neonazistas pelo mundo.

Um ex-supremacista branca,  Christian Picciolini, disse em entrevista para o site de notícias norte-americano “Daily Beast”, que muitos dos membros da Atomwaffen Division são gamers, o que facilita a simpatia pela máscara. Outros especialistas em extrema-direita também apontam a semelhança estética do aparato com o Totenkopf, símbolo da Waffen-SS, uma das paramilícias que atuavam na Alemanha nazista.

Como é um item fácil de encontrar em lojas virtuais, não tardou para que a máscara começasse a aparecer cobrindo rostos de neonazistas e autores de atentados no mundo inteiro.

Poucas horas após a invasão, bolsonaristas começaram a divulgar nas redes sociais que o homem com a máscara era um “infiltrado” de esquerda.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link