
O ativista brasileiro Thiago Ávila, detido em Israel enquanto tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, iniciou uma greve de fome em protesto contra sua detenção. A informação foi confirmada à CNN Brasil pela assessoria do grupo Flotilha da Liberdade, que apoia Ávila.
O ativista também se recusou a assinar os documentos de deportação para o Brasil, enquanto se encontra em um centro de detenção em Israel. O governo israelense afirmou que aqueles que se recusam a preencher a papelada precisarão passar por uma audiência judicial para autorizar a deportação.
Ávila, que foi preso no mar enquanto a embarcação estava em águas internacionais, não tem sido localizado diretamente, mas sua advogada permanece em contato com a assessoria do grupo humanitário.

O Itamaraty, por sua vez, já havia confirmado na segunda-feira (9) que o ativista brasileiro estaria a caminho do aeroporto de Tel Aviv, para retornar ao Brasil. Funcionários da embaixada brasileira em Israel também foram enviados para garantir que Ávila receba tratamento digno durante sua detenção.
A ativista sueca Greta Thunberg, que também estava envolvida em protestos pela causa palestina, foi deportada para a França nesta terça-feira (10). Ela, por sua vez, alegou ter sido sequestrada por Israel em águas internacionais, uma acusação que ainda não foi comentada pelas autoridades israelenses.
A detenção de Ávila e o tratamento dado aos ativistas internacionais têm gerado repercussão, com críticos questionando a abordagem de Israel em relação a protestos contra a ocupação e a situação de Gaza.