
O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), afirmou que a direita “escalou o time número um da pirotecnia bandida” para a CPI do crime organizado, conforme informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo. Ele defende que a esquerda não se ausente do debate e participe ativamente das discussões na comissão, que deve ser instalada nesta terça-feira (4) no Senado.
A criação da CPI ocorre em meio à repercussão da operação policial conduzida pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), contra o Comando Vermelho — ação considerada a mais letal da história do país.
Entre os nomes escalados pela direita estão figuras de destaque do bolsonarismo, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Marcos do Val (Podemos-ES), Sergio Moro (União Brasil-PR) e Eduardo Girão (Novo-CE).
O PL também articula com o PP e o Republicanos para indicar Marcos Rogério (PL-RO) como suplente, enquanto Esperidião Amin (PP-SC) deve assumir a vaga de titular.
Nos bastidores, a avaliação é de que a CPI pode se transformar em palanque eleitoral para a direita, que tenta recuperar espaço político diante da alta popularidade do governo Lula (PT) e da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Disputa por comando e relatoria
Entre os senadores bolsonaristas, Flávio Bolsonaro é o favorito para presidir a CPI, embora outros nomes do grupo também sejam cogitados.
O governo, por sua vez, pretende indicar Rogério Carvalho ou Fabiano Contarato (PT-ES) para o comando da comissão. Já o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento de criação da CPI, deve ser o relator.
