Tite não engana ninguém ao proteger Daniel Alves. Por Luan Araújo

Atualizado em 26 de fevereiro de 2024 às 16:12
O ex-técnico da Seleção Brasileira Tite e Daniel Alves, condenado por estupro. Foto: Reprodução

O caso do lateral-direito Daniel Alves, agora condenado pelo crime de estupro na Espanha, segue revelando a verdadeira face de algumas pessoas que sempre foram “régua moral” pela opinião pública.

O técnico Tite, que fracassou na Seleção Brasileira nas últimas duas Copas do Mundo e agora tenta enganar mais alguns trouxas com discursos vazios como comandante do Flamengo, é emblemático.

No último domingo, após a vitória do time que comanda no clássico contra o Fluminense pelo Campeonato Carioca, Tite foi questionado sobre a condenação imposta a Daniel, jogador que ele convocou de maneira inacreditável para a última Copa do Mundo no Catar. E sua resposta não poderia ser pior.

Em uma afirmação completamente vazia (ainda mais se tratando de um processo transitado e julgado), ele disse que não podia “fazer julgamentos sem ter todos os fatos e informações verdadeiras a respeito”.

Ao tentar limpar a barra de seu ex-comandado, ele ainda meteu Neymar no meio, vítima de uma armação de uma modelo.

Ao insinuar que também poderia ser uma armação no caso de Daniel, Tite desvaloriza o relato da vítima e da própria investigação, que encontrou, por exemplo, resquícios de sêmen do lateral no corpo dela.

Curiosamente, Tite concedeu essa entrevista ao lado de seu filho e auxiliar há algum tempo, Matheus Bachi, que foi flagrado em suas redes sociais compartilhando e curtindo mensagens homofóbicas, sexistas e também de cunho golpista contra o Supremo Tribunal Federal.

Para Tite, é até curioso. Quem teve um olhar mais crítico (e falo isso como torcedor de um clube que teve Tite como técnico por um bom tempo e com muitos títulos) sabe que esse discurso demagógico sempre enganou quem queria ser enganado. Sempre deu entrevistas falando de “jogo limpo” e “moral”, sendo que queria vencer por qualquer meio, como qualquer um faz.

A questão é a imagem que Tite sempre quis passar. E que absolutamente ninguém pode manter. Ao tentar relativizar um caso tão grave quanto o de Daniel Alves, o “encantador de serpentes” – como o ex-jogador Diego Lugano já se referiu a Tite, por conta de suas frases ocas e pretensiosas – não conseguiu convencer ninguém. Só queimou o filme que ele faz tanta questão de preservar.

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