Todo dia, Moro e os militares são degradados pelo lixo bolsonarista que puseram no poder. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 10 de maio de 2019 às 10:28
Intelectuais

O comando do COAF foi uma das condições colocadas por Sergio Moro a Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça, lembra Mônica Bergamo em sua coluna.

Bolsonaro não se interessa em aumentar os poderes do ex-juiz.

Por que alimentar um bicho que, claramente, tem um projeto paralelo e vai pegá-lo na outra esquina?

Quando a votação foi aberta na comissão especial da Câmara, o líder do governo falou por apenas 22 segundos para defender a proposta morista.

Não é a primeira derrota.

Antes disso, o presidente o havia mandado desconvidar Ilona Szabó, criando uma situação patética. O ministro engoliu.

Desta vez, foi ao Twitter fingir que não se importou. Enganou os imbecis de sempre, que gostam de ser enganados.

“Sobre o COAF, nunca fiz a permanência dele no MJSP uma questão pessoal”, escreveu. Então tá.

Moro pensou em pedir demissão, segundo a Veja, mas não o fez por falta de alternativa.

Vazar agora para fazer o quê? Ser sócio da mulher no escritório de advocacia?

Virar apresentador da RedeTV?

O bolsonarismo é um esgoto que traga tudo.

É absolutamente impossível fazer parte disso sem sujar as mãos ou sem que as fezes respinguem no rosto.

É um liquidificador de reputações.

Os militares também montaram no cavalo do capitão com vistas a ocupar cargos na administração federal e curtir as benesses dos civis políticos que invejam desde o fim da ditadura.

O resultado é o que se vê: subjugados e humilhados por um charlatão boquirroto que tem controle mental sobre Bolsonaro e filhos, o verdadeiro núcleo dessa cloaca.

Moro e os generais são aviltados diariamente. 

O fato de não puxarem o carro diz mais sobre eles do que sobre Jair e sua turma.