Tóxico, Bolsonaro atrapalha os negócios e por isso bancos, indústria e até o agronegócio vão abandoná-lo

Atualizado em 30 de agosto de 2021 às 14:37
Paulo Skaf com Bolsonaro em coquetel com empresários
Skaf está calibrando o teor do documento para não queimar pontes com Bolsonaro

Bolsonaro começa a semana acuado por um segmento econômico que desde o fim da didatura e início da redemocratização vem determinando os destinos políticos do país: os setores financeiro e produtivo.

O que você pensaria se fosse presidente e perdesse o apoio da indústria e dos bancos? Mais: num movimento abrigado no maior estado do país e que não é organicamente seu reduto eleitoral?

Essa é a conjuntura que cerca o Palácio do Planalto a uma semana do 7 de setembro, quando os seguidores vão às ruas para dar salvo-conduto para Bolsonaro bancar um golpe de Estado.

Leia também: 

1. Skaf e Fiesp vão pedir harmonia entre Poderes

Nas PMs, seguimento que marcha com o irresponsável, o clima é de tensão.

No STF, ministros foram alvos de fake news de que fugiriam do país.

No Congresso, o presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira, demonstra certo esgotamento com tanta incapacidade no Executivo.

E, agora, para complicar de vez, a poderosa Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ordena que seu braço versado em golpe, a Fiesp, que reúne as indústrias de Sâo Paulo capitaneadas por Paulo Skaf, redija um documento que demonstra claramente incômodo com a crise institucional fomentada pelo mandatário número 1 do país.

A situação é tão caótica para Bolsonaro que a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) decidiu assinar o texto, cuja publicação está prevista para terça, 31.

A versão inicial proposta pela Febraban era ainda mais dura que a final editada pela Fiesp.

Bolsonaro tóxico

Num sinal de que o governo não respeita a independência das instituições, bancos públicos, Caixa e BB, deixaram a Febraban por causa da iniciativa.

Entre os empresários que lideram o movimento, há um único culpado para a paradeira especialmente dos negócios: Bolsonaro.

O presidente tóxico – e golpista – virou problema nacional.

LEIA mais: 

1. Sindicatos de trabalhadores se recusam a assinar manifesto e dizem que Fiesp divide culpa entre Poderes