Bolsonaro começa a semana acuado por um segmento econômico que desde o fim da didatura e início da redemocratização vem determinando os destinos políticos do país: os setores financeiro e produtivo.
O que você pensaria se fosse presidente e perdesse o apoio da indústria e dos bancos? Mais: num movimento abrigado no maior estado do país e que não é organicamente seu reduto eleitoral?
Essa é a conjuntura que cerca o Palácio do Planalto a uma semana do 7 de setembro, quando os seguidores vão às ruas para dar salvo-conduto para Bolsonaro bancar um golpe de Estado.
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Nas PMs, seguimento que marcha com o irresponsável, o clima é de tensão.
No STF, ministros foram alvos de fake news de que fugiriam do país.
No Congresso, o presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira, demonstra certo esgotamento com tanta incapacidade no Executivo.
E, agora, para complicar de vez, a poderosa Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ordena que seu braço versado em golpe, a Fiesp, que reúne as indústrias de Sâo Paulo capitaneadas por Paulo Skaf, redija um documento que demonstra claramente incômodo com a crise institucional fomentada pelo mandatário número 1 do país.
A situação é tão caótica para Bolsonaro que a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) decidiu assinar o texto, cuja publicação está prevista para terça, 31.
A versão inicial proposta pela Febraban era ainda mais dura que a final editada pela Fiesp.
Num sinal de que o governo não respeita a independência das instituições, bancos públicos, Caixa e BB, deixaram a Febraban por causa da iniciativa.
Entre os empresários que lideram o movimento, há um único culpado para a paradeira especialmente dos negócios: Bolsonaro.
O presidente tóxico – e golpista – virou problema nacional.
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