
A transição do governo Lula tem sido orientada a evitar vazamentos de informações do grupo de trabalho e impedir espionagem da administração de Jair Bolsonaro. Os membros da equipe tiveram que assinar um termo de integridade se comprometendo a não vazar informações sensíveis. A informação é da coluna de Bela Megale.
Poucas semanas após o início do grupo de transição, circulou um comunicado interno para coibir vazamentos. O documento dizia que a divulgação de informações sensíveis “prejudica a consistência e a uniformidade dos trabalhos”.
No início dos trabalhos, um episódio despertou suspeitas na equipe. Agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se apresentaram para trabalhar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo de transição, mesmo que os serviços não estivessem previstos. O auxílio foi rejeitado, pois havia temor de que eles estivessem coletando informações para Augusto Heleno.
Há também o temor com pessoas que ocuparam postos estratégicos nos governos PT e seguiram na função ou foram promovidas durante os governos de Michel Temer e Bolsonaro. Servidores nessas condições costumam ter acesso a muitas informações sensíveis e podem atuar como infiltrados.
“Agora virou uma guerra de contra-espionagem”, diz um integrante da equipe de transição. A transição quer analisar com cuidado os servidores de postos estratégicos para ter certeza de que não haja bolsonaristas nos cargos.